Tuesday, March 14, 2023

CULTURA DO CANCELAMENTO


O ser humano está chegando ao ápice do extremismo e isso é perigoso. Absorveram muito da tecnologia para facilitar a vida, mas escolheram ocupar o tempo com o lixo mental, com o supérfluo, com o lado obscuro das coisas, espalhando o ódio, defendendo o indefensável e tornando-se vítimas de sua própria invigilância.


Escondem-se atrás da tela do computador ou do celular e usam as redes sociais como arma letal, fazendo cortes profundos na reputação alheia - são os covardes juízes da internet e seus veridítos do cancelamento.
Esta arma é muito pior do que as armas materiais. No seu anonimato, eles disparam balas pelo canhão dos teclados, julgando e condenando, com base em sua percepção parcial da verdade.Usando palavras agressivas, frias e sujas, mentem e deliberadamente criam narrativas em busca de influenciar os menos informados.


Incitam uma guerra não declarada, mas ideologicamente aberta por meio de suas postagens. No entanto, mal sabem que, ao tomar partido, aliaram-se ao exército dos caolhos. Aqueles que nem percebem que só estão vendo a vida por um lado das coisas.


Enquanto isso, "amor" tornou-se uma palavra utópica para eles, e solidariedade usada em sua fase de auto-afirmação. "Dane-se o verdadeiro motivo da desgraça que assola este barco furado onde todos se encontram", pensam. Preferem que tudo afunde, desde que lá dentro estejam os que pensam diferente, ainda que eles mesmos sejam vítimas da sua própria ignorância.


O orgulho não lhes permite ver a insensatez da disputa tola e, com isso, envenenam-se com o ódio e a intolerância - a mesma que sempre apontam vir do outro lado.


O que é lamentável é ver uma nova geração que poderia ser promissora, tão contaminada, doente, pobre no desenvolvimento de suas fibras e caráter, cega e manipulada por verdades fabricadas e maquiavélicamente introduzidas em seu seio, com o objetivo de um desequilíbrio generalizado para que eles assim abram os caminhos aos seus falsos salvadores - os falsos profetas da modernidade. Triste realidade!

By Jacky Sewell

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